quarta-feira, 28 de setembro de 2011
o fetiche da identidade
O conceito de identidade só faz sentido em termos comparativos, na medida em que nos é dado oportunidade para percebermos outras possibilidades identitárias. Melhor, dizendo, só é possível pensar em identidade(s) se alguma diferença se estabelece, em torno da qual certas condições nos informam da precariedade do nosso pertencimento. Por esse motivo, alguns autores como Bhabha, Hall, Bauman e Silva, por exemplo, preferem metáforas como fluidez, fetiche, manto leve, fantasia, travestimento ou maquiagem para falar de identidade e seu caráter fugidio e lúdico – a identidade é uma deserção sempre frustrada daquilo que não podemos ser quando pensamos na possibilidade de tornar a ser, por isso esse devir é um assombroso fetiche sob o qual, não sendo pré cognitivo, é marcado por relações de poder (Alexandre Pereira, 25 de maio de 2011).
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